terça-feira, 20 de outubro de 2009

Fly Azul (Diário de Bordo / "Navegar é Preciso")



Completei o terceiro grau tão almejado em tempos outros - nos atuais isto já é relevante - faz tempo, é verdade. Graduado em Comunicação Social, especialização em Relações Públicas, sempre gostei muito de escrever. Ler e escrever sempre foram um hobby para mim. Passava hora quando garoto entretido com minhas escritas e leituras infindas. Escrevia sem parar e me recordo bem da máquina de escrever Remington azul que ganhei. Veio em uma caixa que facilitava o transporte, era moderna. Tinha terminado meu curso Tagore de datilografia e poderia ter me tornado um datilógrafo profissional, veja bem!

Escrevia poemas, versos, textos filosoficamente adolescentes, cartas, letras de músicas, enfim! Um criativo incessante. Me entretia, ficava no meu mundo viajando nas minhas fantasias, criado, criando, criando. Um dos primeiros livros que me chamaram a atenção foi Diário de Anne Frank. Gostava dos momentos em que voltávamos de férias e no colégio, logo no início, era pedida uma redação sobre este período. Demorava a definir o que queria eu realmente passar, qual o sentimento, que trilha sonora tiveram minhas férias? A partir daí, me empolgava tanto que escrevia folhas e mais folhas. Depois de anos e já na faculdade não foi diferente. Optei por Comunicação Social, claro! Um ser falante como eu não poderia seguir caminho diferente. Durante o curso, escolhi Relações Públicas por ser mais social digamos e também a relação interpessoal mais dinâmica(deve ter sido por isto).
O fato é que escrever é comigo mesmo. Já criei diários ao longo da vida. Nunca concluía. Abria um novo. Separava até por assuntos - gosto de organizar - e fazia muito aqueles de férias e os de verão sempre. Os que mais conseguiam minha atenção eram os de momentos de reflexão onde colocava minhas angústias, medos, dúvidas, observações, anseios, sentimentos vários os quais não tinha com quem dividir. Haviam os amigos, mas não tamanha identificação para tal exposição. Preferia ficar no eu. Nem nos diários imprimia tais experiências(foram muitas e são ainda, menos, mas bastantes), alguns desejos e que tais. Alguns assuntos não admito nem para mim mesmo, ou melhor, reconheço mas nem por isto preciso colocar no jornal.
Atualmente, continuo o mesmo, me pego no hábito da escrita diária: criei este blog onde procuro colocar minhas observações sobre o cotidiano, mesmo que seja, em fases - a vida é feita de fases - sobre o meu cotidiano. Importante dar vazão ao criativo da mente até para alcançar uma Terra Firme. Nada de anormal, não posso me ausentar de mim mesmo e obviamente sairá o que se passa no meu dia a dia, até porque a fase está bem rica para assuntos tamanhos e variados. Uma beleza! Assim estou criando um Diário de Bordo, afinal, Navegar é Preciso.







CIA SULAMERICANA DE TABACOS

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