sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Maxxi Azul (Uma Pessoa do Século Passado Sincronizando a Memória do Tempo / "Por Enquanto")



Vou logo ao assunto, os tempos atuais estão cada vez mais corridos e a máxima time is money se faz real. Muito a fazer em um período cada vez menor. A tecnologia, que à princípio agilizaria as obrigações para sobrar tempo ao lazer, as abstrações ... não é bem assim que acontece. Cada dia surge uma novidade, o que faz com que seja mais producente esperar que se torne primeiro uma febre - do dia para a noite - porque as coisas já são lançadas e automaticamente se tornam defassadas. A informática se atualiza diariamente, novos sites, novas possibilidades que agilizam os processos mas também nos instiga e excita. Desde o advento celular, quando descobrimos que podemos contactar e ser contactados em qualquer lugar a qualquer hora - do dia e da noite! - perdemos, se não ficarmos atentos, a privacidade, com este programa Global no ar então, hoje digo que a vida se tornou um grande BBB (câmeras espalhadas por toda parte - segurança dos tempos modernos?). Daí veio a Internet e o Mundo se globalizou, difícil ser autêntico/único nos tempos atuais, é tudo tão já feito, já visto, experimentado, localizado que o melhor é aproveitar. A sensação que se dá é que nunca mais estaremos sozinhos, mas é sensação, na verdade o individualismo está em alta, o Mundo plugado, cada qual ligado no seu aparelinho em contato em tempo real. E o contato físico (?!), o olho no olho, o ouvir a respiração que pontua um dizer, os sinais do corpo ... mudaram as relações inter-pessoais, o interagir. As pessoas querem saber mais, descobrir mais, se informar mais ... são tantas opções, é uma concorrência grande em todos os sentidos. Dia desses ouvi uma máxima bem atual: "Don't Be Great, Be Good!" . Foi assim que entendi no bom português: "Não Seja Grande, Seja Bom!" Será sinal dos tempos? Pode até ser porque todos sabemos que ser grande e bom é para os privilegiados, os iluminados, os evoluídos. Dizem fazer parte na escalada da vida. Estou fora! 
O que teria a dizer já o foi por muitos, apenas percebo que perdemos a privacidade, momentos de contemplação, sensações de relax em horários alternativos, a possibilidade de se desligar por instantes (plugados a maior parte do tempo mesmo involuntariamente) fora entender e se adaptar aos iPodes, NoteBooks, Kindles, iPhones, Sites, Links, Mídias que enlouquecem mais os pertencentes a qualquer geração anterior aos anos 90, gente como eu, com seus 40 e qualquer coisa, que entra na categoria Pessoa do Século Passado. Tenho o maior orgulho disto, mas gasto tempo lendo manuais - sim! eu leio manuais (cadê meus óculos?) - procurando me entender com aquele novo brinquedinho, tirar maior proveito e sincronizar com minha memória, porque esta, aumenta a cada dia. Isso é bom ou ruim?


Por Enquanto

Composição: Renato Russo

Mudaram as estações e nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber
Que o pra sempre,
sempre acaba!
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí então estamos bem
Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa




CIA SULAMERICANA DE TABACOS

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Universal (Post Galeria 9 / Padroeiro)



Post galeria - imagem e pouco texto - Padroeiro.

Ontem foi dia de São Sebastião que é o padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro. Nossa Senhora Aparecida é a padroeira do Brasil. Por todo o país, vários são os Santos celebrados, padroeiro da região, muito da colonização católica portuguesa.
Wikipédia:

Patrono
, orago ou padroeiro é um santo ou anjo a quem é dedicada uma localidade, povoado ou templo (capela, igreja, etc). A palavra descende de oráculo.
Na legislação que estabelece a simbologia associada às freguesias portuguesas, surgem frequentemente menções aos oragos dessas freguesias. Este facto tem dois significados: por um lado, tem o significado religioso de estender a "protecção" do santo para lá do templo, a toda a freguesia; por outro lado é um arcaísmo que reflecte nos dias actuais as origens antigas das freguesias.
Com efeito, embora hoje uma freguesia seja uma instituição de carácter político e administrativo, exclusivamente subordinada aos poderes civis, a sua origem é a paróquia católica, que constituiu em tempos a malha mais fina de administração em Portugal.








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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Capri (Post Minimalista 69 / São Sebastião)




Post minimalista - informação e pouco texto - São Sebastião, padroeiro da Cidade Maravilhosa.

Hoje é feriado no Rio de Janeiro e celebramos o dia do Santo padroeiro. Sem muito para falar, melhor usar o silêncio e a oração para reflexão.
Melhores dias virão. Tudo passa. Persista!
Oremos.




Glorioso mártir São Sebastião, valoroso padroeiro e defensor da cidade do Rio de Janeiro, vós que derramastes vosso sangue e destes vossa vida em testemunho da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, alcançai-nos do mesmo Senhor, a graça de sermos vencedores dos nossos verdadeiros inimigos: o ter, o poder e o prazer, que fazem viver sem fé, sem esperança e sem caridade. Protegei, com a vossa poderosa intercessão, os filhos desta Terra. Livrai-nos de toda epidemia corporal, moral e espiritual. Fazei que se convertam aqueles que, por querer ou sem querer, são instrumentos de infelicidade para os outros. E que o justo persevere na sua fé e propague o amor de Deus, até o triunfo final. São Sebastião, Advogado contra a Epidemia, a Fome e a Guerra, rogai por nós.

Rezar o Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai


http://www.portalangels.com/oracoesaossantos32.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3o

http://www.catedral.com.br/




SOUZA CRUZ S/A

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sampoerna (Consternação no Planeta /"Haiti")



Alguns anos atrás, Caetano Veloso, em parceria com Gilberto Gil, lançou a canção Haiti, e até aquele momento não tinha noção do que era esta parte do Planeta. A letra é forte e mostra a realidade nem sempre aparente do cotidiano de muitos sul americanos, africanos, haitianos e por aí vai, em países onde a disparidade econômica é tamanha. Muita pobreza, muita miséria, muito desmando, exploração de todos os lados, a eterna situação de velha colônia.

Com o último acontecimento na ilha, a realidade de um país miserável, sem recursos básicos de vida e sobrevivência, que não podem nem mesmo sequer se reerguer e tem dificuldades até em receber ajuda, vieram à tona deixando o Planeta consternado. Uma tragédia! Talvez a maior de todas as que presenciei (?!).
Muito tem sido dito sobre o Haiti nos últimos dias, sua formação rochosa, os dramas mesmo antes do terremoto, a situação atual cada vez mais caótica. No Wikipédia ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Haiti ), encontrei info geral sobre esta parte do Planeta.
O que o homem não faz com ele mesmo???




Haiti

Composição: Caetano Veloso e Gilberto Gil

Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico,
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
Se você for a festa do pelô, e se você não for
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui






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Continental (Post Galeria 8 / Rainhas do Rádio)



Post galeria - imagem e pouco texto - Rainhas do Rádio.

Postei alguns dias atrás sobre a minissérie "Dalva e Herivelto" e citei o tempo áureo dos programas de auditório nas rádios. Eram tempos outros. O rádio era o maior companheiro onde se podia conhecer seus ídolos, cantar suas canções, torcer no fã clube e idolatrá-los.

Wikipédia:

Rainha do Rádio
foi um concurso criado pela Associação Brasileira do Rádio, para arrecadar fundos para a construção de um hospital. As cédulas de votação vinham na Revista do Rádio e a primeira premiação ocorreu em 1937 no Iate Laranjeiras, um barco carnavalesco ancorado na Esplanada do Castelo, no Rio de Janeiro. Linda Batista foi a campeã e reteve o título por onze anos, até que foram realizadas novas votações.
A eleição de 1949 marcou uma das maiores rivaliades da histórias da MPB: Marlene e Emilinha Borba.. Marlene foi procurada pela Antarctica, que estava lançando o Guaraná Caçulinha. Para promover a marca, a empresa lhe deu um cheque em branco para que ela comprasse quantas revistas, i. e., votos fossem necessários. Marlene foi eleita com 529.982 votos. Emilinha era uma candidata forte, mas ficou em terceiro lugar, depois de Ademilde Fonseca.
Marlene manteve o título em 1950, entregando-o no ano seguinte para Dalva de Oliveira. Emilinha o venceria apenas em 1953. Nesse ano, a Revista do Rádio passou a fazer eleições estaduais. Alguns estados passaram a ter seus próprios reis e rainhas.
No Rio, o primeiro cantor a ser eleito Rei do Rádio foi Francisco Carlos, em 1958.
O rádio de São Paulo realizou o concurso apenas uma vez, em 1953. Isaura Garcia foi a eleita.

Lista de Rainhas do Rádio:








Souza Cruz S.A.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Lucky Strike (Glamour e Paixão / "Cantores de Rádio")



Passei uma data sem escrever algo novo por aqui. O calor incandescente na minha Cidade Maravilhosa, não me deixa muito à vontade de sentar e colocar a mente para funcionar. Fico impaciente. Os dias estão corridos, as infos vem a galope, é muita notícia e pouca informação, um estresse só, e neste início do ano, a TV nos deu o privilégio de entrar - um pouco apenas - em contato com o cotidiano dos anos 40 e 50 com a minissérie "Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor". Um brilhante trabalho de toda ficha técnica, em especial para Adriana Esteves que reencarnou a própria. Os cantores, bailarinos, o Cassino da Urca, os carros de época, o figurino, as locações, a direção de arte como um todo e mais do que tudo ... as canções, profundas, reais, dramáticas, passionais, apaixonadas, vingativas, ciumentas ou o que quer que tenha sido a inspiração que levou o artista a expressar de forma tão humana e sensível. Maravilhoso! Tinha bastante tempo que algo não me prendia diante da TV e muito menos me fazer esperar ansioso para assistir. Claro que a vida de Dalva de Oliveira com Herivelto Martins foi um folhetim só. E o melhor de tudo - para a canção brasileira e nós, fãs - foram as canções com letra
lavação de roupa suja que se tornaram clássicas. A voz de Dalva já era um encanto. Conhecida como a Rainha da Voz, ela fez parte de uma época em que a grande vitrine era o rádio. A TV ainda não havia se popularizado por estas bandas, e os programas de auditório nas rádios, como a Nacional e a Mayrink Veiga, eram a única possibilidade de ver/ouvir ao vivo as grandes vozes, que se tornaram ídolos no sistema de Rainhas do Rádio. Havia o Rei da Voz - Francisco Alves - mas Rainha da Voz somente uma: Dalva de Oliveira, que alcançou maior projeção após separação de Herivelto com canções eternas.
Era um período de marchinhas de Carnaval, das brincadeiras inocentes, dos galanteios - nossa! Que antigo, mas que saudoso também - dos boleros, dos tangos, os sambinhas, as dores de cotovelo, os amores impossíveis ...
O que mais me chamou a atenção foi o cotidiano, as ruas com crianças nas calçadas, o café no Centro, as casas grandes, o bate papo descompromissado, o passeio contemplativo pelas ruas, as vestes mais elegantes, o cheiro de $ no ar. Parece ser um Rio melhor sucedido, impressão talvez. Como sempre digo, tenho saudades de um tempo que não vivi, mas que com certeza mais glamour e paixão deveriam existir ... ah! Isso sim!


Salve Salve os Cantores do Rádio!



Cantores de Rádio (marcha)

Composição: Alberto Ribeiro, João de Barro e Lamartine Babo - 1936

Nós somos as cantoras do rádio
Levamos a vida a cantar
De noite embalamos teu sono
De manhã nós vamos te acordar
Nós somos as cantoras do rádio
Nossas canções cruzando o espaço azul
Vão reunindo num grande abraço
Corações de Norte a Sul

Canto pelos espaços afora
Vou semeando cantigas
Dando alegria a quem chora
Bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum
Canto, pois sei que a minha canção
Vai dissipar a tris.......teza
Que mora no teu coração

Canto para te ver mais contente
Pois a ventura dos outros
É alegria da gente
Bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum
Canto e sou feliz só assim
Agora peço que can.....tes
Um pouquinho para mim






SOUZA CRUZ S/A

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Marlboro (Post Minimalista 68 / "Allah-la-ô/Frevo e Folia")



Está um calor danado na Cidade Maravilhosa com temperatura nas alturas como há muito não se via/sentia. É verão e estamos caminhando
só no miudinho para a festa da carne. Começaram os batuques, o sangue já ferve, a carne é trêmula, a sede é grande e quem tem fome, tem pressa.
Com este calor escaldante, os ânimos se acalmam. Depende para que!
Post minimalista - informação e pouco texto - "Allah-la-ô/Frevo e Folia".



Allah-la-ô / Frevo e Folia

Composição: Allah-la-ô (Haroldo Lobo / Nassara) Frevo e Folia (Pitanguy / Zé Carlos)

allah-la-ô ô ô ô ô
mas que calor, ô ô ô ô
Atravessando o deserto do saara
o sol estava quente e queimou nossa cara
allah-la-ô ô ô ô ô
mas que calor, ô ô ô ô

viemos do egito
e muitas vezes nós tivemos que rezar
allah-allah-allah, meu bom allah
mande água pra ioio
mande água pra iaia
allah, meu bom allah

allah-la-ô ô ô ô ô
mas que calor, ô ô ô ô

em cima, em baixo, puxa e vai

balança o saco
balança o saco
balança o saco
de confeti e serpentina

eu vou meter o dedo
eu vou meter o dedo
eu vou meter o dedo
nas cordas do violão

eu vou cair de língua
eu vou cair de língua
eu vou cair de língua
num sorvete de limão

tá todo mundo dando
tá todo mundo dando
tá todo mundo dando
volta e meia no salão







PHILLIP MORRIS BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA