terça-feira, 2 de junho de 2009

Parlíament ("Perdas e Danos")



Este é o título de um super filme de Louis Malle, de 1992, com os ótimos Jeremy Irons e Juliette Binoche. Quando o assisti pela primeira vez, me causou um grande impacto, fiquei chapado. Ainda hoje tenho o mesmo sentimento quando o assisto, instigante demais.
É uma história com momentos de muita sensualidade e suspense. Stephen Fleming é um dos líderes do parlamento inglês. Um homem com reputação intocável e comportamento familiar exemplar. Isto até mergulhar de cabeça numa perigosa aventura de amor e sexo. Fleming se apaixona por Anna, noiva de seu filho. Anna é uma mulher estonteante que também fica louca por ele. Eles sabem dos riscos que correm, mas a paixão é mais forte.
É um grande filme, mas quero me ater aos termos propriamente ditos: as perdas e os danos. Tenho pensado sobre isto ultimamente. O que é perder? Quando se perde mesmo de fato? É sabido que ao se fazer escolhas, algo será "sacrificado" em contrapartida. Se fazemos uma opção por algo, estamos preterindo este em detrimento daquele ou daqueles, normal. O que importa é saber contabilizar a diferença na barganha, na escolha, afinal, estamos a todo momento fazendo escolhas na vida, desde as mais simples e frugais até aquelas que farão total diferença no processo evolutivo de cada um; é pessoal e intransferível, como o é em tantos assuntos outros. Por que denominamos perda se escolhemos/preferimos algo? Optamos, não seria mais adequado? Será porque ficamos presos as opções que a vida nos coloca de frente? Por vezes não temos escolhas mesmo, a opção é única, algo aconteceu e agora só existe um caminho a tomar, que pode ser bom, ruim, difícil, fácil, mas de qualquer forma é o possível e agradeça, sempre!
Claro que devemos estar atentos aos sinais que a vida nos mostra, nem sempre de fácil compreensão, mas possíveis de serem detectados, mas como lidar com isso se tiver uma paixão envolvida? Quem pode com o arrebatador sentimento da paixão? Eu não! É uma loucura.
Estamos sempre perdendo e ganhando de alguma forma; pode não ser do jeito que queremos exatamente - nunca é - mas pode ter certeza que de alguma forma o é, creia, fica mais brando a coisa, tenho seguido desta forma, ajuda bastante.
Por momentos nem sei se estou perdendo ou se estou ganhando, onde esta a diferença, quem é quem e por aí vai, apenas sigo seguindo(?!). O que incomoda e faz realmente a diferença nesta matemática existente entre custo e benefício, como em tudo na vida, é o envolvimento de danos, quais são os danos possíveis no decorrer do processo ou após sua conclusão? O que ficará como saldo? Positivo ou negativo? Afetará terceiros? Outros estarão envolvidos? Danos podem ser físicos, emocionais, financeiros, psicológicos ou morais, este quando um bem de ordem moral, como a honra, é maculado. Mas danos podem ser diversos, separados por áreas e assuntos, temas e valores distintos, varia de pessoa para pessoa, o que é preciso é não se ater a eles, passou, passou, é passado, é daqui para frente, se foi desta forma tem um porque, é preciso avaliar e identificar onde está o ponto causador de algum tipo de constrangimento e procurar seguir digno, isto sim!
Na vida, nem tem outro método de ação, são escolhas mesmo o tempo todo, já disse, então, faça a coisa certa, qual é esta? Livre arbítrio.
Já falei demais, me perdi um pouco talvez, espero não ter causado algum tipo de dano. Assista o filme, leia o livro, mas o melhor de tudo: VIVA INTENSAMENTE, com perdas, danos, ganhos, escolhas e olhos bem abertos.






PHILLIP MORRIS BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

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