quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Galaxy Slims (Anos 80)



Vou falar do badalado Anos 80. Sim, foi nesta década que vivi o início de minha liberdade e o começo de minha prisão, dependendo do assunto que se analise, e também minhas descobertas, incertezas, inseguranças, alegrias, muitas festas, indecisões, amores perdidos e outros possíveis enfim, foi a década que mais intensamente aproveitei, no bom sentindo. Não esqueço as aventuras e desventuras dos anos seguintes, mas com toda certeza, foram nos 80 que tudo deu seu start.

Nos últimos tempos tem-se falado muito sobre os anos 80, existe uma edição "Almanaque Anos 80", de Luiz André e Mariana Claudino(bem interessante!), onde é possível entrar em contato com essa década que leva adjetivos tão distintos. O Almanaque traz informações gerais e bem quantitativas, com ilustrações e referências, e será o meu ponto de apoio para refrescar a memória já um pouco cansada(rsrsrs). Não falarei em detalhes sobre os assuntos pertinentes da década em questão nem tão pouco sobre tudo o que aconteceu, seria até impossível, mas será como uma homenagem que presto a esse período tão rico da minha história.

O que falar sobre os anos 80? Se for na moda, cafona; na política, abertura e início da democracia no país e pelo mundo, mudanças radicais(queda do Muro de Berlim por exemplo); na música, a difusão do brega na MPB, efervescência no rock nacional revelando nomes como Renato Russo e Cazuza e no cenário mundial o surgimento de nomes como Madonna. Alguns ficaram pelo caminho mas fizeram enorme sucesso e dançávamos enlouquecidos ao som daquelas canções; era pura diversão. Os filmes("Flashdance", "A Lagoa Azul", "ET"), os seriados de tv("As Panteras", "Magnum", "Mulher Maravilha"), os shows(Rock in Rio), Michael Jackson e seus passos, as pernas de Tina Turner, os cabelos de Farah Fawcet, o Circo Voador, ... Caramba! Era muito bom!

Alguns dizem que foi uma época sem criatividade, onde surgiram os yuppies, os darks e o objetivo era não questionar sistemas, como nos anos anteriores, mas sim "ganhar dinheiro", enriquecer, o capitalismo bombando(essa gíria é de agora). Nem sei, o que posso dizer é que vivi intensamente este período, o que chamo de "minha época" por acreditar ser os 20 anos a fase que vive-se descompromissadamente, mais "leves", menos apreensivos com o futuro que nos parece ser tão distantes; é simplesmente aproveitar como se o mundo fosse acabar a qualquer instante. E eu vivi!

Curtia o Baixo Leblon, o Baixo Gávea, praia na Barra, em Ipanema Posto 9, Noites Cariocas no Morro da Urca, danceterias pela cidade afora, ... , eram tantos os "compromissos" na época que só emendando um no outro para se conseguir ir a todos. Tinha que se estar em todos os lugares, isso é bem 20 anos. Ser visto, encontrar as pessoas, saber das novidades - ainda não éramos desenvolvidos tecnologicamente - "ficar por dentro". Ainda se podia circular com mais segurança pelo Rio de Janeiro, violência já existia como sempre houve, mas mais setorizada inclusive em relação a horários, e isso nos proporcionava momentos maravilhosos como dar um mergulho no mar na madrugada de verão, sair dos locais e ir à pé pela noite carioca admirando suas belezas naturais, beber no copo de alguém desconhecido sem se preocupar com dopantes, paquerar, flertar, namorar, transar sem camisinha, ... , não que isso se reserve somente aos anos 80, mas sinto mudanças no decorrer dos tempos, mudanças que nem sempre me agradam. Por isso é que sempre digo: eu vivi intensamente meus 20 para hoje poder dizer que tenho 40, muito bem obrigado!




PHILLIP MORRIS BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

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