segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Palace Special Slims (Desfile de Escolas de Samba)




"Este não ano vai ser,

Igual aquele que passou,
Eu não brinquei,
Você também não brincou, ..."



Começo com este trecho de "Até quarta feira", marchinha que embala o Carnaval faz tempo, tempos de folia e muita brincadeira, pois este ano resolvi isto, brincar o Carnaval como há tempos não faço e, sendo assim, não tenho acompanhado nada relativo à Desfile de Escolas de Samba e que tais - para isto eu teria que ficar "grudado" na TV e/ou lendo tudo que sai na imprensa - mas não estou, pelo contrário, TV praticamente não assisto e ler, muito menos. Então não sei quem vem para os camarotes, quem sai em que escola, quais são os enredos, os sambas de enredo, as polêmicas, os escândalos, as rainhas de bateria ... Concordo ser o maior espetáculo da Terra, belíssimo, contagiante, mas como o nome mesmo diz, é um espetáculo, então é para ser assistido, não brincado.
Carioquíssimo que sou, já desfilei em várias escolas - burocrático, mas uma experiência única - assisti em arquibancada - animadíssimo, mas desconforto total - em camarote - altos confortos, mas visão restrita - de frisa e/ou cadeira de pista - o melhor, mais arejado, livre e próximo a pista; curtia fazer um tour pela concentração que antecede o desfile e ver carros alegóricos, fantasias de bem perto, alegorias e constatar a criatividade que essa gente bamba amantes do Carnaval tem, mas não sinto "brincar" o Carnaval literalmente, é apoteose, um luxo só - afinal, como sentenciou Joãozinho Trinta,
Pobre gosta de luxo. Quem gosta de miséria é intelectual.
A história como surgiu este hoje grandioso evento que se tornou o Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Desfile_das_escolas_de_samba_do_Rio_de_Janeiro ) , é riquíssimo e se confunde com a história da cidade e sua divisão de classes, assim como também, como aconteceu esta fusão, os caminhos percorridos para se chegar ao que se apresenta hoje em dia. É realmente um luxo, nada mais a dizer.
Poderia eu, como em anos passados, fazer maratona de Carnaval - praia, sol, bloco, banda, desfile, baile e o que pintasse - mas para isso é necessário muita disposição e muito $, ambos estão escassos no mercado atual (falo de mim, por mim e para mim), então melhor optar, fazer escolhas, e como é sabido, escolhas geram renúncias e este ano "renunciei" à Marquês de Sapucaí. Sinto falta, é bem verdade, mas também tenho o mesmo sentimento por tantas outras coisas que não voltam mais ... prefiro aproveitar o que me cabe, o que está ao meu alcance de uma forma tranquila e prazerosa, e, é claro, conforto - se é que seja possível isto em uma festa do povo, mundana, profana até(adoro esta palavra) - mas o mínimo, faço questão.
Já me diverti muitíssimo, me esbaldei na Avenida, conheci pessoas, namorei, cantei e sambei até o amanhecer - outros tempos! Me encanta totalmente ver o espetáculo que essas pessoas de comunidade - hoje virou indústria - criam e exibem para o povo; é uma alegria, uma satisfação, um amor que se tem pela bandeira e as cores da escola que emociona. E eu penso isso mesmo, é um espetáculo emocionante.
Emocione-se também !



Até Quarta Feira

Marchinhas de Carnaval

Lá, lá, lá, lá, la, lá,
Lá, lá, lá, lá, la, lá,
Lá, lá, lá, lá, la, lá, lá, la, lá.
(bis)

Este não ano vai ser,
Igual aquele que passou,
Eu não brinquei,
Você também não brincou,
Aquela fantasia,
Que eu comprei ficou guardada,
E a sua também, ficou pendurada

Mas este ano está combinado,
Nós vamos brincar separados.
(bis)

Se acaso meu bloco,
Encontrar o seu,
Não tem problema,
Ninguém morreu,
São três dias de folia e brincadeira,
Você pra lá e eu pra cá,
Até quarta feira.

Lá, lá, lá, lá, la, lá,
Lá, lá, lá, lá, la, lá,
Lá, lá, lá, lá, la, lá, lá, la, lá.





Philip Morris Marketing S.A.

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