Rio de Janeiro, sexta-feira, Rei Momo recebendo a chave da Cidade Maravilhosa, resolvi ir ao cinema assistir "O Lutador"("The Wrestler") do cineasta Darren Aronofsky , o filme que pode dar a Mickey Rourke seu primeiro Oscar após ganhar o Globo de Ouro por sua brilhante atuação. Fiquei fã, fiquei não, voltei à ser, afinal, quem não ficou fã deste galã que nos anos 80 seduziu em cena excitantemente deliciosa a deslumbrante Kim Basinger? Pois é, foram 9 semanas 1/2 de amor. Em seguida, alguns filmes mas nada que o firmasse como galã exportação tipo Clooney, Pitt, Cruise e tantos outros; além disso, decisões excêntricas(tornar-se boxeador profissional), desvirtuaram sua carreira artística. Mas Rourke está de volta, forte atuação, impecável, sensível, desfigurado é bem verdade, com físico de quem é boxeador na real e o filme mostra exatamente isso, o que fazem os profissionais deste esporte(?) para conseguir aquela forma física; é o que deve ter acontecido com Rourke, parece até uma biografia, mas não é; o filme dá essa impressão de documentário, poucos closes, nada de glamour, cenas de luta com bastidores, ângulos desconstruídos - parece aquela máxima de "uma idéia na cabeça e uma câmera na mão", dita por um cineasta brasileiro - e, é claro, Marisa Tommey, que retorna aos holofotes e também concorre ao Oscar por sua atuação ao lado de Rourke em cenas emocionantes, nada piegas, exibindo uma excelente forma física, corpão!
O filme é muito mais que isso, é uma história de encontro com as limitações que a vida apresenta como reflexo de escolhas feitas ao longo dos anos, de reparações necessárias, também reflexo das mesmas escolhas e ... , melhor assistir.
Divirta-se!
British American Tobacco
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