segunda-feira, 25 de maio de 2009

Free Azul (Ser e Estar Azul / "Azul")



O tempo é de mudança? Então mudemos as cores do blog; não curti muito o verde, era para esperanças, as manterei, mas agora iremos para o azul, que diferentemente do seu irmão "blue" americano, o estar azul, brasileiro, traduz-se estar tudo bem, e é assim que se prosegue.


Esta cor pigmento secundária costuma estar associado à frieza, depressão, monotonia. E, por isso mesmo, também à paz, à ordem, à harmonia. Entre os matizes, é o menos expansivo aos olhos. Sinônimos: cerúleo, cárdeo, celeste, azul, safira. Foi por anos associda aos nobres por ser de difícil de encontrar, tempos em que o vermelho, o preto e o branco dominaram quase todas as representações artísticas até o início da Idade Média devido à facilidade com que as tintas podiam ser fabricadas, em comparação com a dificuldade de obter pigmento azul. É certo, no entanto, que os egípcios conheciam um pigmento dessa cor há mais de 5 mil anos, mas ele era misturado ao pigmento de uma pedra semipreciosa, o lápis-lazúli. Foi a dificuldade para chegar ao tom que fez com que os romanos durante a Antiguidade o associassem aos bárbaros - até ter os olhos azuis era sinônimo de barbárie.
No começo da Idade Média, o vermelho era a cor da nobreza, enquanto o azul era dos servos. Os tecidos eram tingidos de azul com o pigmento extraído de uma planta chamada Ísatis, ou pastel-de-tintureiro. Para conseguir a tinta, era necessário deixar a planta fermentando em urina humana. Com o tempo, perceberam que o álcool acelerava o processo - por isso, tintureiros ingeriam bebidas alcoólicas com a desculpa de que a urina já sairia rica em álcool. A expressão em alemão blau werden, literalmente traduzida como "ficar azul", significa na Alemanha "ficar bêbado".
No século VI, a técnica para obtenção do pigmento chamado azul-ultramar, feita com o lápis-lazúli, ganhou a Europa - a pedra, no entanto, chegou a custar mais que o ouro. A descoberta do caminho marítimo para as Índias, no fim do século XV, levou para a Europa o pigmento conhecido como índigo indiano, obtido com uma planta oriental. A utilização foi proibida - uma tentativa de preservar o tom produzido na região com a ísatis - e dava até pena de morte.
O pigmento azul-da-prússia foi descoberto na Alemanha, numa experiência sobre oxidação do ferro em 1704. Custava um décimo do preço da tinta feita apartir do lápis-lazúli e fez sucesso entre os pintores da época. De lá para cá, a indústria química evoluiu e possibilitou a obtenção de centenas de pigmentos mais baratos. Isso foi um fator crucial para o surgimento no século XIX, do impressionismo de artistas como Monet, que davam grande valor à cor. Mas, como muitos pigmentos desse período não possuiam uma boa resistência, vários quadros da época sofreram uma prematura descoloração.

(Texto Wikipédia)


  • Azul: harmonia, confidência, conservadorismo, austeridade, monotonia, dependência, tecnologia, liberdade, saúde.

Azul

Composição: Djavan

Eu não sei se vem de Deus
Do céu ficar azul
Ou virá dos olhos teus
Essa cor que azuleja o dia
Se acaso anoitecer
Do céu perder o azul
Entre e o mar e o entardecer
Água marinha vá na maresia
Buscar ali
Um cheiro de azul
Essa cor não sai de mim
Bate e finca pé
A sangue de rei
Até o sol nascer amarelinho
Queimando mansinho
Cedinho, cedinho, cedinho
Corre e vai dizer pro meu benzinho
Não dizer assim
O amor é azulzinho






Souza Cruz S.A.

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