sábado, 18 de abril de 2009

Derby Azul (Roberto Carlos - 50 anos)



Embora não seja eu exatamente um fã, mas reconheço seu valor no cenário artístico brasileiro e mundial, não poderia deixar passar incólume esta data em que o Rei, um dos maiores artista brasileiro, está fazendo 50 anos de carreira: Roberto Carlos.

Quem não tem uma canção dele na sua trilha sonora mesmo que seja cantada por um artista de sua preferência? Difícil!
Roberto Carlos já foi gravado por tantos em tão diversos estilos, que é quase impossível não saber uma letra, mesmo que não seja completa, de uma de suas canções. Alguns podem até ter um certo pré conceito à seu respeito, afinal, o Rei tem mesmo este estilo que ficou, com o tempo, com "cara" de brega, além de suas famosas manias, hoje já admitidas pelo próprio. Suas melodias, algumas, com forte apelo sentimental e de fácil entendimento e absorção, tornaram-se rapidamente parte em nossas mentes sendo cantaroladas nos momentos mais distintos possíveis.
Não sou crítico musical, mas não vejo nele o mesmo poeta que sinto em outros famosos em nossa MPB, não, RC é especial, diferente, único. Tem seu estilo totalmente próprio e conquistou, com ele, verdadeira legião de fãs, seguidores que o adoram seja em qual estilo ele estiver: em início de carreira - mais roqueiro - seu flerte com a bossa nova - mas são de fato suas canções mais românticas que o fizeram ser este Rei que é. Concordo mesmo que algumas canções suas, principalmente até os anos 80 - depois, sei não, foram ... perdendo a magia - "falam ao coração". São diretas, não tem entrelinhas, e talvez seja exatamente isso que o fez alcançar um público cada vez maior de admiradores, o que demonstra que, na real, somos, todos, uns grandes românticos inveterados, porque, afinal, só o amor constrói, e o Rei sabe falar de amor como ninguém.
Tenho grandes recordações de momentos Roberto Carlos na vida: um show que assisti no Canecão e fiquei impressionado e entendi o fascínio que ele exerce no seu público, seus shows de fim de ano na TV, antigamente na noite de Natal - agora ele perdeu para Xuxa(?!) - e que já eram e ainda são o máximo com convidados e que tais, o lançamento de seus discos tão esperados e que, na minha casa pelo menos, era o presente mais esperado por minha mãe, aliás, pela maioria delas, imagino eu; estas são apenas algumas. Na minha infância, Robertinho, como minha mãe se referia à ele, era trilha sonora direto na eletrola - os mais novos não devem ter noção do que isso seja, mas deixa pra lá - e assim, mesmo curtindo ou não, acabei me familiarizando com sua obra, e no bem da verdade eu curtia, e curto, muitas delas. Sempre impliquei um pouco com sua voz e forma de cantar, mas quando ouço uma canção sua gravada por outro alguém, de preferência que gosto, curto muito. Tem discos ótimos com canções do Rei, gravações que gosto bastante: o de Maria Bethânia, por exemplo, considero um clássico.
Ontem saiu uma reportagem interessante em um jornal de grande circulação, uma homenagem ao Rei. Falava de sua vida, sua obra, carreira, curiosidades, shows que acontecerão e todas as comemorações pela grande data e, também, alguns célebres escolhendo qual a canção do Rei que fazem parte de sua vida. Não posso, mesmo não sendo um fã ardoroso, escolher apenas uma; como amante da canção brasileira que sou, e tendo tido o Rei fazendo parte de minha trilha sonora pessoal mesmo que por osmose, faço uma seleção de somente 3 (?!): "Além do Horizonte", "Detalhes" e "Emoções". Foi difícil, mas escolhi estas para uma homenagem pessoal à tão grande nome, afinal, RC é um Rei, dito, empossado e vivo!



Quem é Rei nunca perde a majestade.
Vida longa ao Rei!!!



www.robertocarlos.com



Souza Cruz S.A.

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