domingo, 12 de abril de 2009

Continental (Orgulho)



Estava lendo os jornais de domingo, como de costume, e vi algumas reportagens bem interessantes, o que não vinha acontecendo faz tempo, afinal, estamos em tempos de crise mundial e as matérias só giravam em torno do mesmo, além dos já conhecidos como violência, terrorismos, corrupções e que tais, mas as de hoje, se vistas com olhos não de fofoca, mas sim de percepção do comportamento contemporâneo, digamos assim, me chamaram a atenção.

Um deles falava sobre o orgulho, este sentimento que é visto com preconceito e tamanho peso pejorativo que resolvi ler e procurar entender o motivo pelo qual, e de que forma, ele estaria sendo tratado em tal matéria. Falava sobre pessoas que perdem seus trabalhos e, ao ficarem desempregadas, continuam mantendo a rotina como se nada tivesse acontecido: levantar, se arrumar, sair de casa, cumprir horários; um movimento normal para qualquer trabalhador. A diferença é que não há uma ocupação, um local definido para se dirigir e nem tão pouco uma atividade para exercer, tão pouco horário, mas isso não importa neste momento, o objetivo é se manter "atuante", manter a "rotina", nem que seja de mentirinha. Se deslocam para cafés ou outros locais para ter a sensação de não estar desocupado, este sim, um sentimento destruidor em tempos modernos. Sei que as perguntas surgem: mas para fazer o que? Se encontrar com quem? Qual o sentido? Qual o objetivo? ...
Na matéria do jornal, exemplificaram com filmes como "Tudo ou Nada" e o novo de Jim Carrey, que fala sobre profissionais que passam por esse infortúnio e não assumem o ocorrido em família e procuram uma alternativa para passar por estes momentos de uma forma menos traumática. Uns mentem e enganam à todos, outros colocam em ação um plano B, uma saída como forma de superação; no caso do filme de Jim Carrey, nada ético.
Mas não falo aqui de crítica de cinema, queria entender onde entra o orgulho, e pelo que entendi, é uma forma de manter a auto-estima em alta(?!), que é a primeira a ficar abalada quando eventos como este acontece na vida de qualquer ser humano. Estar sem uma atividade, uma rotina, que embora seja enfadonha, nos coloca como pertencentes ao mundo como um todo, nos faz sentir alguém construtivo na sociedade. Faz-se necessário. Faz nos sentir dignos, responsáveis, atuantes, cumpridores de nossos deveres como seres humanos. Isto nos traz satisfação pessoal além de causar admiração e contentamento interno e externo. O interessante é não se deixar levar por um sentimento de arrogância, este sim, total pejorativo, negativo, desprezível. Parece um pouco papo careta, não é? Também sinto isso ao escrever, mas é totalmente real e certo, só aqueles que já passaram pelo mesmo, sabem do que falo - à não ser os vagabundos profissionais, sobre estes não tenho muito o que falar no momento, fica para uma próxima oportunidade.
Reproduzo, abaixo, um texto da Wikipédia que fala sobre orgulho; dá para entender um pouco sobre o que digo. Embora ainda sinta ser estranho manter esta rotina à toa, imagino que, se for para se manter ativo e não se entregar ao ócio e perder as esperanças, tá valendo, afinal, a esperança sempre deve ser a última que morre.
Aja como si. (entenda este termo como melhor lhe convier, o importante é não desistir, jamais!)

Orgulho é um sentimento de satisfação pela capacidade ou realização ou um sentimento elevado de dignidade pessoal. Em Português a palavra Orgulho pode ser vista tanto como uma atitute positiva como negativa dependendo das circunstâncias. Assim, o termo pode ser empregado tanto como sinónimo de soberba e arrogância quanto para indicar dignidade ou brio.

Algumas pessoas consideram que o orgulho para com os próprios feitos é um ato de justiça para consigo mesmo. Ele deve existir, como forma de elogiar a si próprio, dando forças para evoluir e conseguir uma evolução individual, rumo a um projeto de vida mais amplo e melhor. O orgulho em excesso pode se transformar em vaidade, ostentação, soberba, sendo visto apenas então como uma emoção negativa: a Arrogância.

Outras pessoas classificam o orgulho como "exagerado" quando se torna um tipo de satisfação incondicional ou quando os próprios valores são superestimados, acreditando ser melhor ou mais importante do que os outros. Isso se aplica tanto a si próprio quanto ao próximo, embora socialmente uma pessoa que tenha orgulho pelos outros é geralmente vista no sentido da realização e é associada como uma atitude altruísta, enquanto o orgulho por si mesmo costuma ser associado ao sentimento de capacidade e egoísmo.

Religião

Para a Igreja Católica o Orgulho é um dos Sete Pecados Capitais.



Souza Cruz S.A.

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