quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Minister (Post Minimalista 61: Saudade em Dobro / "Saudade da Bahia"-"Chega de Saudade")



Nos últimos tempos a palavra saudade tem aparecido com mais constância no meu linguajar. De pessoas, lugares, perfumes, músicas, sentimentos ... de tempos outros(adoro este termo). Deve ser sinal que passei tempos bons e felizes que deixaram marcas. Grato em saber. Sinto um pouco de nostalgia sim quando ouço uma canção e imediatamente visualizo cenário, figurino, identifico odores, me remeto ao passado, volto no tempo. Lembro de pessoas, conversas, sentimentos presos e outros soltos demais, lugares onde fui bem feliz, sonhos, anseios, desejos. As vezes puro frenezi. Ela pode vir em dobro e se multiplicar ao longo das lembranças quando a "Caixa de Pandora" começa a ser aberta(só correlação). Uma recordação puxa outra que vai se desenrolando um novelo de lã que mais parece uma novela ... Mexicana em certos momentos.

Deixemos de firulas que agora me bateu uma saudade da maior cantora do Brasil. Do Brasil, não! Do Mundo! Do Mundo, não! Da Bahia!
Post minimalista - informação e pouco texto - Saudade em Dobro ("Saudade da Bahia" e "Chega de Saudade").

Saudade da Bahia

Composição: Dorival Caymmi

Ai, ai, que saudade eu tenho da Bahia
Ai, se eu escutasse o que mamãe dizia
“Bem, não vá deixar a sua mãe aflita
A gente faz o que o coração dita
Mas esse mundo é feito de maldade e ilusão”

Ai, se eu escutasse hoje eu não sofria
Ai, essa saudade dentro do meu peito
Ai, se ter saudade e ter algum defeito
Eu pelo menos mereço o direito
De ter alguém com que eu possa me confessar

Ponha-se no meu lugar e veja como sofre
Um homem infeliz que teve que desabafar
Dizendo a todo mundo o que ninguém diz
Vejam que situação
E vejam como sofre um pobre coração
Pobre de quem acredita
Na glória e no dinheiro para ser feliz








Chega de Saudade

Composição: Antonio Carlos Jobim/ Vinícius de Moraes

Vai minha tristeza
E diz a ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Por que eu não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade
É que sem ela não há paz
Não há beleza
É só tristeza
E a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim, não sai

Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços
Os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim
Colado assim
Calado assim
Abraços e beijinhos
E carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você viver sem mim






Souza Cruz S.A.

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