segunda-feira, 10 de agosto de 2009

L.A Menthol (Relax as 18h / "Deus e Eu no Sertão")



Fazia tempos que não acompanhava novela de TV. A atual das 18h estou seguindo sempre que posso. Gosto do clima rural interiorano ingênuo. Esta é a única na programação que respeita o horário de início, as demais vão além do dito, já se estipulou ser a das 7(19h) e a mais famosa, a das 8(20h). É também esta a hora da Ave Maria, momento em que, na minha infância, minha avó ouvia religiosamente pelo rádio. Costumo chamar de hora do lusco-fusco, da troca da guarda. Não me pergunte o porque, sinto assim e pronto. É como a novela que me refiro - "Paraíso" - ela me acalma. Estranho né? Mas é verdade. Na minha rotina atual tenho conseguido assistir neste horário. É o momento em que o dia faz uma quebra, anoitece na Cidade, a natureza começa a mudar de forma. O dia já caminha para seu final. Muito ainda pode estar por vir, mas a intensidade é diferente. Sentimentos mudam. Dependendo do dia que se seguiu, é boa hora para um banho, um bom banho e relaxar, depois continuar seguindo.

Quando assisto a novela referida, lembro de minha infância no interior. Não moradia, mas todo o período de férias. Como era bom! Liberdade, muita natureza, um tempo outro da metrópole carioca. Brincava muito livre. Comia frutas frescas do pé - um sonho - andava descalço, tomava banho de cachoeira, galopava muito, comia-se super bem e acordava-se literalmente com as galinhas. Que saudades! Minha avó, que gostava de ser chamada de Dindinha - coisas da sua extrema vaidade - me contava muitas histórias dos Santos Católicos e eu adorava. Ela era bem religiosa, a família como um todo, e ouvir estas histórias era um dos meus preferidos passatempo.
Ah! Ainda sinto o cheiro da goiaba no tacho, do feijão, os doces, bolos e tortas, do café bem passado, o pão fresquinho assado em casa no forno a lenha ... quantas lembranças.
As vezes faz bem, outras nem tanto. O importante é seguir em frente e tê-las como boas recordações, momentos que foram importantes na minha formação, que fazem com que o seguir seja mais ameno e atraente com lembranças que enaltecem meu caminhar.
Pois é, estou assim, um pouco nostálgico beleza - se é que isto existe - mas acontece comigo; e este horário era quando, nós crianças, voltávamos da Fazenda, tomávamos banho e saíamos para um sorvete após o jantar. Simples e prazeroso.

Deus E Eu No Sertão

Composição: Victor Chaves

Nunca vi ninguém
Viver tão feliz
Como eu no sertão

Perto de uma mata
E de um ribeirão
Deus e eu no sertão

Casa simplesinha
Rede pra dormir
De noite um show no céu
Deito pra assistir

Deus e eu no sertão

Das horas não sei
Mas vejo o clarão
Lá vou eu cuidar do chão

Trabalho cantando
A terra é a inspiração
Deus e eu no sertão

Não há solidão
Tem festa lá na vila
Depois da missa vou
Ver minha menina

De volta pra casa
Queima a lenha no fogão
E junto ao som da mata
Vou eu e um violão

Deus e eu no sertão




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