Com a chegada do fim do ano, iniciam-se as comemorações, as celebrações, as festas de encerramento, as confraternizações ... as emoções brotam involuntariamente e quando percebemos, já estamos total envolvidos neste espírito Boas Festas!. Por toda parte é um fluxo tamanho de seres que se deslocam de um lado para o outro ou para compras ou somente bater calçada mesmo. Reconheço que - com mente aberta, claro! - curto o "clima". O festejo. A alegria que mais facilmente encontro estampada no rosto dos transeuntes. Alguns de férias, outros ganhando a oportunidade em aumentar o caixa com as vendas - o consumo ainda é uma loucura - mas todos no geral, estamos encerrando uma etapa, acredite. O nome já diz, Natal:

Wikipédia:
"A palavra 'natal' do português já foi 'nātālis' no latim, derivada do verbo 'nāscor' (nāsceris, nāscī, nātus sum) que tem sentido de nascer. De 'nātālis' do latim, evoluiram também 'natale' do italiano, 'noël' do francês, 'nadal' do catalão, 'natal' do castelhano, sendo que a palavra 'natal' do castelhano tem sido progressivamente substituída por 'navidad' como nome do dia religioso.
Já a palavra 'Christmas' do inglês evoluíu de 'Christes maesse' ('Christ's mass') que quer dizer missa de Cristo".

Tempo de renascer. Renovar. Fazer uma limpa. Dar uma faxinada geral no ser que somos. Digo geral mesmo, tipo faxina de mês, aquela que tira-se tudo, tudo do lugar, retira-se a poeira de objeto por objeto, varre-se cada canto, troca-se toda a roupa de cama, mesa e banho, defuma ou pelo menos incensa a casa, os ambientes, ou dê um cheiro à gosto, mas é muito bom se integrar, se tornar íntimo, e para não se perder, estou me referindo mesmo a ambas, a casa que habitamos dentro e fora, de nosso ser, de nosso habitat natural, de nosso canto.
Fazer uma faxina não é mole não, eu sei, mas faz um bem ... ah! Isso faz. A sensação que sinto após conseguir me livrar daquela poeira que estava ali me incomodando mas nem tanto ... não tem preço. E daquele objeto que finalmente resolvo me desfazer, ou uma veste qualquer, ou sei lá eu o que seja, desde que esteja me incomodando ou não faça mais parte do meu convívio, chega! Depois de tudo faxinado, banho tomado, aquele cigarrinho que pode, ou não, ser acompanhado por uma boa canção ou somente o canto dos pássaros ao cair da tarde ... sim! Porque uma faxina geral leva tempo, e como leva, as bem feitas, as sem restrições.
Comecei falando sobre Natal, festejos, consumo e me animei com a transformação para melhor de um ser, a oportunidade da data e o comprometimento a que somos acometidos. Como se fosse obrigatório algumas ações, tipo: cartão de Natal (alguém ainda envia cartão de Natal?), responder/enviar e-mail natalino, telefonar para aquele parente que nunca falamos e rasgar aquela seda que só estando embriagado pelo ópium in the air que se é possível. Muitas outras que não me recordo agora. Tem as pessoais também. Em contra partida, é na verdade uma grande oportunidade para a reflexão. Escrevi post minimalista passado, sobre a exclusão involuntária que a tecnologia trouxe ao homem (sentido amplo do termo), optando em se plugar no conforto do seu lar a sair para interagir com outro ser face to face. Somos seres sociáveis, se não trocarmos energias entre nós, como nos reabasteceremos para seguir em frente? Concordo com a dificuldade que existe nas relações humanas, é mesmo difícil conviver, pelo menos para mim, mas gosto e insisto. A ética, a cordialidade, o pois não, o obrigado, o com licença, o ... parece que saíram do vocabulário popular, é praticamente de época, parece algo que percebia na infância: como os mais velhos, mesmo os que não tinham estudo completo, faziam um bom uso do português, um vocabulário vasto e respeitoso, outros tempos. Sinto falta. Seria bem mais agradável viver em um Mundo mais cordial, não "retardado", ser simpático ao outro. Estamos tão estressados, soa como utopia o que digo, é verdade, mas ... que tal aproveitarmos a data e após uma faxina geral, nos avaliarmos bem? Imagino que presente podemos nos oferecer após uma boa reformulada.
Bom, nunca fui santo mesmo e este ano estou com os Reis Magos e o Papai Noel, se não tiver presente, não é Natal.
Então, aproveitando a influência dos queridos Reis Magos e o carisma do Papai Noel, presenteie quem você ama, e que, primeiro, este seja o seu próprio ser.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Natal

Então É Natal

Composição: Versão: Cláudio Rabello

Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez.
Então é Natal, a festa Cristã.
Do velho e do novo, do amor como um todo.
Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem.

Então é Natal, pro enfermo e pro são.
Pro rico e pro pobre, num só coração.
Então bom Natal, pro branco e pro negro.
Amarelo e vermelho, pra paz afinal.
Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem.

Então é Natal, o que a gente fez?
O ano termina, e começa outra vez.
E Então é Natal, a festa Cristã.
Do velho e do novo, o amor como um todo.
Então bom Natal, e um ano novo também.
Que seja feliz quem, souber o que é o bem.

Harehama, Há quem ama.
Harehama, ha...
Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez.
Hiroshima, Nagasaki, Mururoa...

É Natal, É Natal, É Natal.