terça-feira, 4 de maio de 2010

L.A. Cereja (Post Minimalista 76 / "Canteiros")

    
 Tenho cada vez mais percebido que o uso de meu post serve mais para meu contento. Aprendo bastante com as pesquisas que faço quando uma idéia me assola, um pensamento, um sentimento, quando estou mais observador para o externo, ou interno, quando contemplo, quando existo.
Post minimalista - informação e pouco texto - "Canteiros", Raimundo Fagner.







Canteiros

Composição: Fagner / sobre poema de Cecília Meireles



Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Sendo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
(Refrão 2X)
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração.




Souza Cruz S.A.

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