segunda-feira, 26 de abril de 2010

Camel (Construindo História ao Longo do Tempo)

   
Nos meus tempos de colégio história era a disciplina que mais me interessava. Ficava fascinado nas aulas quando o professor contava os acontecimentos pelos períodos históricos de uma forma tão teatral - um privilégio que tive nos tempos de ginásio (?!) - que eu viajava pelas épocas, como se me transportasse para tais e chegava a visualizar, sentir até - imaginação fértil sempre tive. Era uma delícia! Tornava este o momento mais relax do dia. Ajudava a entender o presente, imaginar o futuro, ter uma visão mais ampla do cotidiano.
Quando me indicaram a criar um blog - falo pelos cotovelos - logo pensei em qual seria o tema, e isto durou segundos apenas; seria sobre o cotidiano, um pouco de história, de como tudo era antes de se tornar passado. Como foi descoberto, como se criou, por que se convencionou isto ou aquilo, o que pensavam, como se comportavam e etc etc etc. Muitas questões que fizeram me envolver cada vez mais com tudo que se relaciona ao passado, independente do assunto. Pode ser sobre esporte, política, moda, beleza, feiúra, guerras, religiões e o que mais interessar.
Lembro muito de minha avó materna contando, e eu hipnotizado ficava, sobre a vida dos santos católicos. Fervorosa na religião como só ela era, sabia tudo sobre o assunto. O mesmo tive com uma sogra que terrivelmente lúcida, me contava tudo sobre o Rio de Janeiro de seu tempo, tempo que começava lá pelo início do séc. XIX até quase seu final, que era bem menos interessante para ela. 
Estou sempre atento ao que possa me acrescentar com informações de tempos outros. Arquivo e faço as conexões. Construo assim minha História ao Longo do Tempo, um arquivo pessoal com minha compreensão.

   

Wikipédia:

História (do grego antigo historie, que significa testemunho, no sentido daquele que vê) é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. Por metonímia, o conjunto destes processos e eventos. A palavra história tem sua origem nas «investigações» de Heródoto, cujo termo em grego antigo é Ἱστορίαι (Historíai). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes.
O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados. Esse estudo, do ponto de vista europeu, divide-se em dois grandes períodos: Pré-História e História.
Os historiadores usam várias fontes de informação para construir a sucessão de processos históricos, como, por exemplo, escritos, gravações, entrevistas (História oral) e achados arqueológicos. Algumas abordagens são mais frequentes em certos períodos do que em outros e o estudo da História também acaba apresentando costumes e modismos (o historiador procura, no presente, respostas sobre o passado, ou seja, é influenciado pelo presente). (veja historiografia e História da História).
Os eventos anteriores aos registos escritos pertencem à Pré-História e as sociedades que co-existem com sociedades que já conhecem a escrita (é o caso, por exemplo, dos povos celtas da cultura de La Tène) pertencem à Proto-História.
A referência de maior aceitação para se contar o tempo, atualmente, é o "nascimento de Cristo". Mas já houve outras referências importantes no Ocidente: os gregos antigos tinham como base cronológica o início dos jogos olímpicos; os romanos, a fundação de Roma. Ainda hoje, os árabes contam seu tempo pela Hégira, a emigração (não fuga) de Maomé de Meca para Medina.

"A História procura especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. As transformações são a essência da História; quem olhar para trás, na História de sua própria vida, compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e também é válido para a sociedade. Nada permanece igual e é através do tempo que se percebe as mudanças".
"Sem a História nós estaríamos em um eterno recomeço, não teríamos como avaliar os erros do passado, para não errarmos novamente no futuro". (Rafael Hammerschmidt)



A história não tem outra alternativa senão seguir a tendência de especialização de qualquer disciplina científica. O conhecimento de toda a realidade é epistemologicamente impossível, ainda que o esforço de conhecimento transversalhumanístico, de todas as partes da história, seja exigível a quem verdadeiramente queira ter uma visão correcta do passado.
A História, portanto, deve segmentar-se, não apenas porque a perspectiva do historiador esteja contaminada com subjectividade e ideologia, mas porque ele deve optar, necessariamente, por um ponto de vista, do mesmo modo que um cientista: se quiser observar o seu objecto, deve optar por usar um telescópio ou um microscópio (ou, de forma menos grosseira, que tipo de lente irá aplicar). Com o ponto de vista determina-se a selecção da parte da realidade histórica que se toma como objecto, e que, sem dúvida, dará tanto a informação sobre o objeto estudado como sobre as motivações de um historiador que o estuda. Essa visão preferencial pode ser consciente ou inconsciente, assumida com maior ou menor cinismo pelo historiador, e é diferente para cada época, para cada nacionalidade, religiãoclasse social ou âmbito no qual o historiador pretenda situar-se.
A inevitável perda que supõe a segmentação, compensa-se pela confiança em que outros historiadores farão outras selecções, sempre parciais, que devem complementar-se. A pretensão de conseguir uma perspectiva holística, como o pretende a História total ou a História das Civilizações, não substitui a necessidade de todas e cada uma das perspectivas parciais.
O surgimento da História é equivalente ao da escrita, mas a consciência de estudar o passado ou de deixar para o futuro um registro da memória é uma elaboração mais complexa do que as anotações dos templos da Suméria. As estelas e relevos comemorativas de batalhas na Mesopotâmia e no Egipto já são algo mais aproximado.
As demais civilizações asiáticas alcançaram a escrita e a história em seu próprio ritmo, pela compilação das suas fontes teológicas sob a forma de livros sagrados - por vezes com trechos históricos (como a Bíblia hebraica) ou sofisticações cronológicas (como os Vedas hindu) -, registram os seus próprios anais e finalmente a sua própria historiografia, em especial na China, que tem o seu Heródoto em Sima Qian ("Memórias históricas", 109 a.C. – 91 a.C.) e alcançou uma definição clássica história tipificada, oficial, com o Livro dos Han de Ban Gu (século I), que estabeleceu um padrão repetido sucessivamente pelos historiadores dos períodos seguintes, de vinte e cinco "histórias tipificadas" até 1928, data em que apareceu a última dessa monumental série.
No continente americano, salvo a civilização Maia, não há textos, de forma alguma, comparáveis. No entanto, o desenvolvimento e a variedade que a historiografia alcançou na Civilização Ocidental é de um nível diferente a todas elas.




 
Hecateu de Mileto (Mileto, c. 546 a.C., ?, c. 480 a.C.), historiador e geógrafo grego.
Praticamente todas as informações disponíveis a seu respeito provém de Heródoto, que foi seu continuador e de Diodoro da Sicília.
A maior importância de Hecateu foi ter assimilado o clima de renovação cultural que se manifestava na Jônia e que fora iniciado com os primeiros filósofos. Nesta assimilação, transpôs para o campo da história a atitude intelectual dos físicos e matemáticos. Com isso, se iniciou o processo de racionalização dos fatos históricos que preparou o caminho para Heródoto e Tucídides. Testemunhando o que viu e ouviu nas viagens, Hecateu procurou traçar a história das diferentes regiões, mas sobretudo buscando separar o crível do incrível a partir do bom senso e da razão. Já na antigüidade, foi cognominado de Logógrafo.


 
Heródoto (em grego, Ἡρόδοτος - Hēródotos, na transliteração) foi um geógrafo e historiador grego, continuador de Hecateu de Mileto, nascido noséculo V a.C. (485?–420 a.C.) em Halicarnasso (hoje Bodrum, na Turquia).
Foi o autor da história da invasão persa da Grécia nos princípios do século V a.C., conhecida simplesmente como As histórias de Heródoto. Esta obra foi reconhecida como uma nova forma de literatura pouco depois de ser publicada.
Antes de Heródoto, tinham existido crónicas e épicos, e também estes haviam preservado o conhecimento do passado. Mas Heródoto foi o primeiro não só a gravar o passado mas também a considerá-lo um problema filosófico ou um projecto de pesquisa que podia revelar conhecimento do comportamento humano. A sua criação deu-lhe o título de "pai da história" e a palavra que utilizou para o conseguir, historie, que previamente tinha significado simplesmente "pesquisa", tomou a conotação atual de "história".




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