Andei meio sumido, tempo que nada escrevo, penso já ter saído do olho do furacão, o impacto maior, imagino eu, já ter passado. Meu último post foi em 11 de Setembro - será que tem alguma relação com o acontecido com as Torres Gêmeas? - de qualquer forma, cá novamente estou para publicar um pouco dos acontecimentos, afinal, minhas recentes escritas estão bem tendenciosas para o lado mais, digamos, pessoal da história. Tenho estado mais reflexivo - não há como ser diferente agora - as novas tem vindo em cascatas, algumas boas, outras nem tanto(nem vale à pena), mas todas servirão com certeza para me fortalecer, depende de mim. Nem quero ficar muito nesta de me referir a assuntos pesados como dizem (fui acusado de andar super valorizando minhas questões, mas se não for eu, quem mais será? E super valorizando? Como assim cara pálida? Bom, bem disse mano Caetano mais uma vez: "De perto ninguém é normal", mesmo que já passados anos de convivência, o tempo passa, o tempo voa, e ... o importante é se perceber.
Neste período de ausência passou o Dia de São Cosme e São Damião(post em breve), a chegada da Primavera, mudanças geográficas, pessoais, financeiras, encontro com as escuras da vida - me refiro ao lado sombrio - busca e percepção da luz, encontro com amores que se importam de fato e com os que não estão nem aí, sigamos! Então, ao despertar, como de costume acontece comigo, uma canção, que já apareceu por aqui em outra oportunidade, retorna como hino do dia, aliás, um bom título para uma série como as já existentes "Post Minimalista", "Momento Oração" e que tais. A canção: "Tocando em Frente", de Almir Sater e Renato Teixeira, aqui com a Abelha Rainha, toda em azul, que antes declama "Odalisca Andróide" divinamente.
Comecei fazendo uma alusão do meu momento com o acontecido em Nova York naquele 11 de Setembro de 2001, onde grandes, transformadoras e definitivas mudanças aconteceram no Mundo em que vivemos, e como em português azul tem uma referência mais leve em relação a vida, total diferente de blue, vou tocando em frente, sorrindo porque já chorei demais, o que não me impossibilita de forma alguma a me permitir - sim senhor! - que lágrimas, por alegria ou tristeza, corram pela minha face.
Tocando em Frente
Composição: Almir Sater/ Renato Teixeira
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte mais feliz, quem sabe
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei
E nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu sou
Estrada eu vou
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história e
Cada ser em si carrega um dom de ser capaz
E ser feliz
Souza Cruz S.A.
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