quinta-feira, 25 de março de 2010

Camel Lights (Crack Social)

     


Ultimamente tenho acompanhado pelo noticiário a devastação que o Crack tem feito as pessoas, destruindo famílias, vidas, futuros, sonhos. É uma droga poderosa - para o mal, claro! - que vicia instantaneamente causando dependência e destruição.


Wikipédia:
Crack é uma droga feita a partir da mistura de cocaína com bicarbonato de sódio geralmente fumada. É uma forma impura de cocaína e não um sub-produto. O nome deriva do verbo "to crack", que, em inglês, significa quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelos cristais (as pedras) ao serem queimados, como se quebrassem.
O uso do crack — e sua potente dependência psíquica — frequentemente leva o usuário à prática de delitos, para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam em casa. Muitos dependentes acabam vendendo tudo o que têm a disposição, ficando somente com a roupa do corpo. Se for mulher, não terá o mínimo escrúpulo em se prostituir para sustentar o vício. O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la.
Embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso, mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras por dia.

Obviamente não é esta a única que faz parte de uma lista de substâncias que alteram o humor do ser humano e, igualmente ao Crack, também viciam, destroem. A dependência química ainda é um assunto pouco conhecido pela grande maioria, geralmente usuários são descriminados e tratados como traficantes e/ou os envolvidos diretamente com a violência e a degradação. Esta é também uma outra longa discussão. Tem-se em sua maioria, na sociedade, uma visão muito simplista do assunto. Cada um procura a forma mais imparcial de opinar. Perguntas surgem como quem veio primeiro, o usuário ou o comércio, quem financia e são os culpados pelo crime, a violência, o comércio de armas e que tais, como se apenas um nicho social fosse responsável. Longa discussão. O tal do uso consciente pode ser fato, mas quem tem o controle sobre algo tão poderoso e maléfico como o Crack? Não existe possibilidade deste tipo de uso quando falamos em substâncias que podem gerar uma reação diferenciada para cada qual, mas tão pouco podemos deixar de salientar que existem as mais poderosas, as tais que em qualquer que seja o organismo, sua ação não será diferente.
É ainda uma grande discussão, qual o papel da sociedade, o papel do Governo, da família, do ser humano, do progresso ... Muitos acreditam, e são bem conceituados para tal, ser esta uma doença, que somente tratada pelos que já viveram a experiência da adicção ativa, do uso compulsivo e obsessivo, pode haver algum tipo de solução. Clínicas existem para tratar um dependente químico, poucas são sérias, mas somente, acredito eu, grupos de auto-ajuda são os mais eficientes. Pouquíssimo tem sido feito pelo poder público em relação ao assunto. Desde que entrou na Cidade Maravilhosa, o Crack vem fazendo um trabalho rápido e eficiente de destruição.




DEPENDÊNCIA de qualquer substância psicoativa, ou seja, qualquer droga que altere o comportamento e que possa causar dependência (álcool, maconha, cocaína, crack, medicamentos para emagrecer à base de anfetaminas, calmantes indutores de dependência ou "faixa preta" etc.). A dependência se caracteriza por o indivíduo sentir que a droga é tão necessária (ou mais!) em sua vida quanto alimento, água, repouso, segurança... quando não o é!

"QUÍMICA" se refere ao fato de que o que provoca a dependência é uma substância química. O álcool, embora a maioria das pessoas o separem das drogas ilegais, é uma droga tão ou mais poderosa em causar dependência em pessoas predispostas quanto qualquer outra droga, ilegal ou não.

A Organização Mundial de Saúde reconhece as dependências químicas como doenças. Uma doença é uma alteração da estrutura e funcionamento normal da pessoa, que lhe seja prejudicial. Por definição, como o diabete ou a pressão alta, a doença da dependência não é culpa do dependente; o paciente somente pode ser responsabilizado por não querer o tratamento, se for o caso. Exatamente da mesma maneira que poderíamos cobrar o diabético ou o cardíaco de não querer tomar os medicamentos prescritos ou seguir a dieta necessária. Dependência química não é simplesmente "falta de vergonha na cara" ou um problema moral.

As dependências químicas não têm uma causa única, mas sim, são o produto de vários fatores que atuam ao mesmo tempo, sendo que, às vezes, uns são mais predominantes naquele paciente específico que outras. No entanto, sempre há mais de uma causa. Por exemplo, existe uma predisposição física e emocional para a dependência, própria do indivíduo. Vivendo como um dependente, o paciente acaba tendo uma série de problemas sociais, familiares, sexuais, profissionais, emocionais, religiosos etc., que são conseqüência e não causa de seu problema. Portanto, as causas são internas, não externas. Problemas de vida não geram dependência química.


Quando começo escrevendo sobre determinado assunto, logicamente outros vem correlacionados com, afinal, nada é único quando o tema é sociedade. Vários fatores se interagem. Lembro de observações que faço do cotidiano e percebo o grandioso da problemática. O Rio de Janeiro é cercado de favelas que hoje chamam de comunidades. São territórios distintos, uma cidade dentro de outra. Domingo último na capa do O Globo havia uma foto aérea focada na Pavão-Pavãozinho, local privilegiado da Cidade Maravilhosa com uma vista de enlouquecer qualquer carioca. Mas o que acontece? Está toda a área ocupada por famílias de baixa renda(?!). São comunidades que não participam com qualquer tipo de contribuição para a conservação da cidade, pelo contrário, destroem, enfeiam, denigrem, devastam. Quando foram criadas? Não houve ação do poder público em relação a isto? Por que o descaso com a população e o meio ambiente? Não há aqui qualquer tipo de correlação ou sentença de culpa neste ou naquele nicho social, de forma alguma, muitos lá também são vítimas de uma sociedade uni-lateral em que poucos consomem, muitos constroem e alguns destroem.

Wikipédia:

Embora gere menos renda para o traficante por peso de cocaína produzida, o crack, sendo mais viciante, garante um mercado cativo de consumo.
A pressão sobre o tráfico de cocaína (de menor volume e maior valor agregado) para os países ricos, tem deslocado o tráfico para o mercado de crack, passível de ser facilmente colocado para populações de baixa renda.





SOUZA CRUZ S/A

Um comentário:

Anônimo disse...

Fala aí, Renato!!! Tudo bom?

Comigo está tudo ótimo, melhorando sempre. Andei pensando e gostaria muito de me aventurar no mundo dos blogs. De imediato, me lembrei do seu, que é o que há de mais chique por aí. Se me permite, gostaria de adotá-lo como inspiração. Acho que o blog tem que ter a cara do dono. Sucede, meu amigo, que não entendo pô nenhuma do assunto. Se não for abusar da sua sacrossanta paciência, quando vc tiver um tempinho, pode me passar um beabá, tipo como se dá o primeiro passo? Nada muito técnico, que possa cansá-lo. Pode ser ? Valeu, mano, bjs!