quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Minister (Post Minimalista 67 / "Rio Antigo")



Nasci em 1967. Sou do século passado. Hoje até uso o ano com minhas iniciais como "marca"(?!) - RC1967. Isso! Tenho 43 anos muito bem vividos. Me orgulho disto. Sempre procuro viver intensamente o momento presente. As vezes boas escolhas, as vezes nem tanto, mas como saber sem escolher? Costumo dizer que me arrependo do que não faço, nunca do que faço. O resultado pode não ser a contento, mas quem me garante que este é o melhor para mim? Vá saber! Continuo seguindo. Faço minha parte - o melhor que posso - e entrego resultados. Não é fácil, mas um saboroso exercício.
Curto lembranças, recordações ... as vezes me deixam nostálgico, mas na verdade me sinto mesmo é lúdico, tanto faz, o fato é que estou assistindo a minissérie "Dalva e Herivelto" - falo sobre depois - e vendo a constituição de época primorosa, as canções que falam de amor, o viver mais em paz, a calmaria no cotidiano ... o meu Rio em imagens antigas e belas.
Na verdade tenho é saudade de um tempo que nem vivi!
Em celebração ao post minimalista - informação e pouco texto - número 67, "Rio Antigo", com a Marrom.

Rio Antigo

Composição: (Notato Buzar - Chico Anísio)

Quero um bate-papo na esquina
Eu quero o Rio antigo
Com crianças na calçada
Brincando sem perigo
Sem metrô e sem frescão
O ontem no amanhã
Eu que pego o bonde 12 de Ipanema
Pra ver o Oscarito e o Grande Otelo no cinema
Domingo no Rian
Me deixa eu querer mais, mais paz

Um pregão de garrafeiro
Zizinho no gramado
Eu quero um samba sincopado
Taioba, bagageiro
E o desafinado que o Jobim sacou
Quero o programa de calouros
Com Ary Barroso
O Lamartine me ensinando
Um lá, lá, lá, lá, lá, gostoso
Quero o Café Nice
De onde o samba vem
Quero a Cinelândia estreando "E o Vento Levou"
Um velho samba do Ataulfo
Que ninguém jamais gravou
PRK 30 que valia 100
Como nos velhos tempos

Um carnaval com serpentinas
Eu quero a Copa Roca de Brasil e Argentina
Os Anjos do Inferno, 4 Ases e Um Coringa
Eu quero, eu quero porque é bom
É que pego no meu rádio uma novela
Depois eu vou à Lapa, faço um lanche no Capela
Mais tarde eu e ela, pros lados do Hotel Leblon

Um som de fossa da Dolores
Uma valsa do Orestes, zum-zum-zum dos Cafajestes
Um bife lá no Lamas
Cidade sem Aterro, como Deus criou
Quero o chá dançante lá no clube
Com Waldir Calmon
Trio de Ouro com a Dalva
Estrela Dalva do Brasil
Quero o Sérgio Porto
E o seu bom humor
Eu quero ver o show do Walter Pinto
Com mulheres mil
O Rio aceso em lampiões
E violões que quem não viu
Não pode entender
O que é paz e amor




Souza Cruz S.A.

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