quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vanguarda (Di Cavalcanti e Sua Musa Impressionante / "Marina Montini-1969")


Marina Montini, de Emiliano Di Cavalcanti (1969)

O público começou a ter contato com o talento de Di Cavalcanti em 1914, quando o garoto de 17 anos fazia ilustrações para a Revista Fon-Fon, no Rio de Janeiro, cidade onde nasceu. A carreira continuou com a mudança para São Paulo, em 1917, para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Em 1921, Di casou-se com Maria, uma prima distante.
Amigo de Mário de Andrade e Oswald de Andrade , teve um papel central na Semana de Arte Moderna de 1922, pois criou o catálogo e o programa do evento. Partiu para a Europa em 1923 e expôs em Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris, onde conheceu Picasso,LégerMatisse, Eric Satie e Jean Cocteau. Ao voltar ao Brasil em 1926, ingressou no Partido Comunista.
O pintor passou a criticar o abstracionismo em conferências e artigos. No pós-guerra, ilustrava livros de Vinicius de MoraesÁlvares de Azevedo e Jorge Amado.
Três anos depois, o MAM do Rio de Janeiro faria a primeira retrospectiva do artista. Em 1956, Di participou da Bienal de Veneza (Itália) e recebeu o primeiro prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Com a construção de Brasília, em 1961, fez a tapeçaria para o Palácio da Alvorada e pintou a Via-sacra da catedral da capital federal.
Nos 1970, sua musa foi a modelo Mariana Montini. Regressou ao Brasil, apesar da ditadura militar. Em 1971 o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou uma retrospectiva de sua obra. E a sua pintura Cinco Moças de Guaratinguetá foi reproduzida em selo.




   

É provável que a obra que abre este post, Marina Montini-1969 (tive o prazer de vê-la uma vez acompanhando Di Cavalcanti em Copacabana em um fim de tarde nos anos 70) tenha sido a primeira pintura de um artista brasileiro a me impressionar. A partir da Retrospectiva em São Paulo - eu ainda bem garoto - comecei a me interessar por este mestre das artes plásticas, brasileiro conterrâneo e contemporâneo.


  


Marina Montini (Rio de Janeiro10 de janeiro de 1948 — Rio de Janeiro, 20 de março de 2006) foi uma atriz e modelo brasileira.
Estourou na década de 1970, quando foi capa das principais revistas brasileiras, como a Manchete e Playboy. Contudo, ela veio a ficar imortalizada pelas mãos do pintor Di Cavalcanti, para quem posou durante sete anos e de quem se tornaria a grande musa inspiradora. A primeira vez que o pintor a viu foi num imensooutdoor anunciando pneus. Marina tinha então 17 anos e era uma estonteante mulata de 1m80, boca carnuda e corpo exuberante.
Em 20 de março de 2006, aos 58 anos, ela faleceu em decorrência de um quadro de insuficiência hepática, de acordo com o boletim médico do Hospital dos Servidores do Estado, no Rio de Janeiro.
( http://pt.wikipedia.org/wiki/Marina_Montini )

   




Compañia de Cigarrillos Tabo S.A.

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