Momento de
insónia e nada melhor que escrever.
Após meu último
post, fiquei viajando pelos inúmeros
carnavais de minha vida: a infância e os
carnavais de rua em que eu me fantasiava de bate-bola ou
clóvis(estilizado claro! Como um ser em plena consciência pode usar aquilo no verão carioca?!), de pirata, grego, árabe(essa eu adorava sem nada por baixo) e saíamos
displicente pelas ruas do subúrbio da cidade.Outros tempos! Depois vieram os bailes em cidades do interior onde comecei à ter minhas primeiras experiências adultas, se é que me entendem, e de volta ao Rio, os Bailes do Pão do Açúcar, os desfiles em Escolas de Samba, os ensaios pré-carnavalescos, as
arquibancadas, as frisas, os camarotes, o Gala
Gay, as bandas, os blocos, os buracos em que eu me metia para curtir a folia. Foram momentos bem distintos com histórias
ótimas, e outras nem tanto, de farra pura.
Certo ano estávamos todos, eu e amigos mais chegados na época, curtindo uma praia na Reserva (Barra da
Tijuca/Recreio), e
de repente veio a
ideia, quando perguntei o que iriam fazer mais tarde, de desfilar na Unidos do
Tuiuti. Eu nem fantasia tinha, e fomos
direto para casa das costureiras, sabe Deus onde, pois só tínhamos 2 horas para chegar a concentração no
sambódromo. Ufa! Foi bem legal, valeu a correria.
Histórias, histórias, histórias - ao longo do tempo elas vão saindo, aos poucos!
Aconteceram alguns impactos nestas histórias e um deles foi a minha primeira Banda de Ipanema. Sim, a que eu lembro muito bem. O ano pode ser 1987 ou 88, eu não
frequentava antes, e fiquei fascinado por aquelas pessoas fantasiadas, brincando nas ruas totalmente liberadas, sem preconceitos, com famílias em volta e
drag queens(esse termo não existia ainda) super produzidas, engraçadas, com texto que mais parecia um
esquete de teatro. Era um luxo!
Eu costumava ficar pelas bordas, não me infiltrava muito, minhas "barreiras" me impediam, mas curtia. Tempo em que podíamos, ainda, acompanhar uma banda e nossa única preocupação era se divertir. Acontecia muita
azaração, é claro, mas não
pegação como agora. Havia samba,
chorinho,
marchinhas de
carnaval, o pôr do sol maravilhoso na praia quando cruzava a
Av. Vieira Souto(ainda tá lá,
rsrsrs), cantar "Carinhoso" quando passa pela Igreja Nossa Senhora da Paz lembrando
Pinxinguinha, o final na
Farme de Amoedo, ... , mas não
frequento há uns 4 anos, o que para mim já é muito. Hoje mudou o estilo, as músicas - virou "
rave" - a violência, o propósito para o qual muitos estão lá. Perdeu o encanto!
E uma banda que começou com uma
idéia de amigos que bebiam no Bar
Jangadeiros na Praça General Osório lá pelos idos de 1965 e teve
Leila Diniz como sua primeira madrinha e, por este posto, já passaram tantas outras não menos bela e famosa.
Fica a saudade!
Abaixo um site com mais info sobre a banda, um link de 360 e o da RioTur; vale uma visita.
http://www.ipanema.com/carnival/banda.htmhttp://homepage.mac.com/wkaemena/FS/Rio/Banda3/index_swf.htmlhttp://www.riodejaneiro-turismo.com.br/pt/SOUZA CRUZ S/A